"Merdas" da vida...

Está agora a fazer 11 anos (Inicio de 1997 e lembro-me como se tivesse sido ontem. Num café junto aos Hospital Universitário de Coimbra), sem perceber porquê, tive uma conversa com uma amiga, que por sinal até tem idade para ser minha mãe sobre, coisas da vida de adultos( na altura não o era mas para lá caminhava -22 anos). Não entendi mas compreendi o teor e a necessidade da conversa.

Passado 11 anos (há 15 dias), voltei a ter uma conversa com a mesma pessoa em que o assunto foi o mesmo e relembramo-nos daquela tarde no café (tipo "click"). Hoje entendo, mas nem sempre compreendo...

Hoje, conversei com um amigo (pouco tempo porque não deu para mais), e por fim percebi que esse assunto toca toda a gente sem excepção (a mim também ja me tocou e de várias formas).

A necessidade de desabazar com alguém é enorme, seja branco ou de cor, seja novo ou de idade, seja homem ou mulher, etc... não interessa, o importante é que esse alguém nos ouça, mas mais importante, é que essa pessoa não nos diga só aquilo que queremos ouvir, porque para isso temos a nossa "cabecinha pensadora e faladora". Mas que nos diga também aquilo que não queriamos ouvir e nos faça pelos menos pensar um pouco mais, porque o que é fácil e bonito hoje, amanhã pode não sê-lo, mas já fomos avisados para tal. E temos de ter alguém que nos diga isso, mesmo que custe ouvi-lo.

Já "perdi" pessoas, que era amigos(as) e um irmão por ter dito algumas coisas que não queriam ouvir (está a fazer um ano, aconteceu com um "amigo" e um irmão) mas hoje tenho a consciência tranquila e sinto que disse o que tinha de dizer e mais não podia fazer.

Sou muito bom ouvinte, mas tenho muitas dificuldades em inverter o papel (apesar de já começar a fazê-lo), talvez pela frieza que adquiri ao longo dos anos, das situações menos boas que a vida que me proporcionou.

Por isso, amigos, estou sempre as vossas "ordens" para vos ouvir, para o bom e para o mau.

Abraço/beijo a voces que estão a passar por um bocado menos bom.