sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Muito se fala em terrorismo, mas Portugal é pior...

Terrorismo é uma coisa, estupidez é outra.
Os serviços secretos de Espanha andam a brincar connosco. Há uns séculos, os espanhóis levaram uns bofetões de uma profissional da indústria da panificação, e não deve passar um dia em que não pensem na vingança. Na semana passada comunicaram-nos que a Al Qaeda ameaça praticar actos terroristas em Portugal. E nós, parvos, acreditámos. Até onde chega a credulidade dos portugueses... Primeiro acreditámos no Sócrates, e agora nos espanhóis. Há que aprender a lição.
Como é evidente, só um terrorista muito estúpido é que vem exercer a profissão para cá. Com a vigilância que existe, hoje em dia, nos aeroportos, os terroristas só podem entrar no País de carro. E vir andar de carro para as nossas estradas é das decisões mais obtusas que uma pessoa pode tomar. É verdade que eles são suicidas, mas não exageremos. Vai uma grande diferença entre ser suicida e ser burro.
Por outro lado, os terroristas que tiverem a infeliz ideia de entrar no País terão de construir a bomba cá. Não se faz uma viagem Paquistão-Portugal com um engenho explosivo debaixo do braço. Há que ir a uma loja comprar peças. E é aqui que as chatices começam. «Esta peça, só mandando vir do estrangeiro, chefe. Daqui a duas semanas mete-se o Carnaval, por isso agora só em Março.»
Se o explosivo levar combustível, pior ainda. Eles que vejam o preço a que está a nossa gasolina, a ver se continua a apetecer-lhes rebentar coisas. É muito fácil apanhar terroristas em Portugal. São os tipos de turbante que estão nas bombas da Galp a chorar. Os que lá andam a chorar sem turbante somos nós.
E depois temos as contingências inerentes a uma actividade tão perigosa como é o fabrico de um engenho explosivo. O terrorista corre inúmeros riscos, o maior dos quais é ir parar a um hospital português. Basicamente, o sistema de saúde português oferece-lhe três hipóteses: pode morrer no caminho, pode morrer na sala de espera e pode morrer já dentro do hospital. É certo que o esperam 71 virgens no Paraíso, mas aposto que, para morrer num hospital português, o terrorista fica em lista de espera até as virgens serem septuagenárias, altura em que a virgindade perde muito do seu encanto.
Quando, finalmente, os terroristas conseguem reunir condições para construir a bomba, o prédio que tinham planeado mandar pelos ares já explodiu há dois meses, ou por mau funcionamento da canalização do gás, ou porque o esquentador de quatro ou cinco condóminos está instalado na casa de banho. Portugal pode ser um bom destino turístico, mas para fazer terrorismo não tem condições nenhumas.
Ricardo Araujo Pereira

4 Comments:

Blogger Rony said...

Tava para aqui triste com este temporal do c...... que me tá a dar cabo dos planos do fds, mas após ler + esta crónica do Ricardo já dei umas boas gargalhadas e fiquei logo melhor disposta.
Venham lá os terroristas, mais preparados não podiamos estar para os receber...

22 fevereiro, 2008 14:13  
Blogger NM said...

Já valeu a pena esse texto do Ricardo, pelo menos já consegui que ficasses menos triste e que desses umas gargalhadas.
Pelos vistos o temporal está em todo o lado...

22 fevereiro, 2008 17:31  
Blogger "Su" de said...

Eu bem me parecia que ja tinha ido isto em algum lado...Visão?????Eu continua espantada com a tua mudança, lol:)Para melhor é que vale a pena:)

22 fevereiro, 2008 19:21  
Blogger Azoreano Náufrago said...

Por aqui o tempo está maravilhoso! Oh NM, só tu para provocares gargalhadas à Verónica!!!Haja alegria, catano! És um mazeuga

23 fevereiro, 2008 00:26  

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